A Hora do Desespero (2021), dirigido por Phillip Noyce e estrelado por Naomi Watts, é um thriller psicológico que acompanha uma mãe em uma corrida contra o tempo para salvar seu filho. O filme se desenrola em tempo real, intensificando a tensão e a sensação de urgência à medida que a protagonista, Amy Carr, descobre que um tiroteio está ocorrendo na escola do filho. Com pouca informação e limitada a um ambiente externo isolado, ela precisa usar todas as suas habilidades e recursos para entender a situação e tentar impedir uma tragédia.
A narrativa se destaca pelo uso do suspense psicológico e pelo foco na protagonista, que passa grande parte do filme sozinha, utilizando apenas o celular para se comunicar. Essa abordagem minimalista aumenta o impacto emocional da história, pois o público sente a frustração e o desespero de Amy ao lidar com a falta de controle sobre os acontecimentos. A escolha de filmagem em locações naturais e o uso de planos fechados reforçam a sensação de isolamento e vulnerabilidade da personagem, tornando o espectador ainda mais imerso na sua angústia.
Naomi Watts entrega uma atuação intensa e convincente, carregando o filme quase inteiramente sozinha. Sua performance transmite a dor, a determinação e o medo de uma mãe que faria qualquer coisa para proteger seu filho. Embora o roteiro dependa fortemente de ligações telefônicas e diálogos expositivos, Watts consegue manter a tensão e o envolvimento do público, tornando cada momento da história impactante. Além disso, a trilha sonora e o design de som ajudam a amplificar o clima de suspense e urgência.
Apesar da premissa intrigante, The Desperate Hour recebeu críticas mistas. Alguns elogiaram a originalidade da abordagem e a performance de Watts, enquanto outros apontaram que a execução poderia ter sido mais dinâmica e menos dependente de conveniências do roteiro. No entanto, o filme cumpre seu papel de entregar um thriller angustiante e emocionalmente carregado, abordando temas como violência escolar, a impotência dos pais diante de tragédias e o impacto psicológico de eventos inesperados.
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Final explicado
No final do filme, Amy Carr (Naomi Watts) finalmente descobre que seu filho, Noah, está envolvido no tiroteio da escola, mas de uma maneira surpreendente. Inicialmente, ela teme que ele seja uma das vítimas, mas, ao longo do filme, surgem indícios de que ele pode estar diretamente ligado ao incidente. A tensão aumenta à medida que Amy, isolada na floresta e dependendo apenas do celular, tenta entender a situação e impedir uma tragédia.
Depois de diversas ligações com a polícia e a escola, Amy descobre que Noah não é o atirador, mas estava próximo ao agressor no momento do ataque. Ele foi tomado como refém dentro da escola, o que explica a dificuldade de contato com ele durante grande parte do filme. Em um momento crucial, ela consegue falar diretamente com Noah e o incentiva a se manter forte e seguir as instruções das autoridades. A polícia, que já estava no local, consegue intervir e neutralizar a ameaça, garantindo a segurança dos alunos.
Quando Amy finalmente chega à escola, ela encontra Noah abalado, mas vivo. A cena final enfatiza o impacto emocional do ocorrido, mostrando mãe e filho se abraçando intensamente, ambos ainda processando o trauma da situação. O desfecho não traz grandes reviravoltas ou explicações detalhadas sobre o atirador ou suas motivações, mantendo o foco na experiência angustiante de Amy e na relação entre mãe e filho.
O filme termina de maneira reflexiva, deixando o público com a sensação de alívio, mas também com uma mensagem sobre a fragilidade da vida e a imprevisibilidade de eventos como esse. A luta desesperada de Amy simboliza o medo e a impotência de qualquer pai diante de uma tragédia escolar, e o desfecho reforça a importância do amor e da resiliência em momentos de crise.
Onde assistir
O filme está disponível nos catálogos da: Telecine, Prime Vídeo, YouTube, Google Play Filmes.
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filmes