Além das Profundezas é um thriller sueco-norueguês lançado em 2020, dirigido por Joachim Hedén. O filme acompanha a história de duas irmãs, Ida e Tuva, que decidem fazer um mergulho de inverno em uma área remota da Noruega. No entanto, o que deveria ser um momento de lazer se transforma em um pesadelo quando Tuva fica presa sob a água devido a um deslizamento de rochas submarinas. Com o tempo se esgotando e a temperatura extremamente baixa, Ida precisa encontrar uma maneira de resgatar sua irmã antes que seja tarde demais.
O longa se destaca por sua abordagem realista e claustrofóbica, criando uma tensão constante ao longo da narrativa. O diretor utiliza cenas subaquáticas bem coreografadas para transmitir a sensação de desespero e urgência enfrentada pelas protagonistas. Além disso, a fotografia do filme é impressionante, explorando a beleza gélida e perigosa dos fiordes noruegueses. A trilha sonora discreta, porém eficaz, contribui para a imersão do espectador, intensificando a sensação de perigo iminente.
A relação entre as duas irmãs também é um elemento central da trama. Desde o início, fica claro que Ida sente um certo ressentimento em relação a Tuva, que é mais experiente no mergulho e sempre parece estar um passo à frente. No entanto, à medida que o perigo se intensifica, a ligação entre elas se fortalece, e Ida precisa superar seus próprios medos e limitações para tentar salvar a irmã. O filme equilibra bem a tensão do suspense com o desenvolvimento emocional das personagens, tornando a história ainda mais envolvente.
O filme é uma obra que prende a atenção do público do começo ao fim, oferecendo um suspense intenso e bem executado. Com atuações convincentes, uma ambientação de tirar o fôlego e uma trama cheia de reviravoltas, o filme consegue se destacar dentro do gênero de sobrevivência. Além de entreter, ele também faz o espectador refletir sobre laços familiares, resiliência e a fragilidade da vida diante da força implacável da natureza.
Final explicado
No final do filme, a tensão chega ao seu ápice quando Ida tenta desesperadamente resgatar sua irmã, Tuva, que está presa sob as rochas no fundo do mar. Depois de várias tentativas frustradas e enfrentando o frio extremo, a falta de oxigênio e a solidão angustiante, Ida finalmente encontra uma maneira de levantar as pedras que prendem Tuva. No entanto, o esforço é exaustivo, e quando finalmente consegue libertá-la, Tuva já está inconsciente, aparentemente sem vida.
Ida, exausta e sem muitas opções, se recusa a aceitar que perdeu a irmã. Com todas as suas forças, ela carrega Tuva até a superfície e, em uma cena emocionante, tenta reanimá-la. A sequência é longa e angustiante, mostrando a determinação e o desespero de Ida. No último momento, quando tudo parece perdido, Tuva finalmente desperta, expelindo água dos pulmões e respirando novamente. O alívio e a emoção desse momento fazem com que a tensão acumulada ao longo do filme se dissipe de forma poderosa.
As irmãs, agora vivas, mas extremamente debilitadas, se abraçam, demonstrando o fortalecimento do vínculo entre elas após a experiência traumática. O filme não mostra explicitamente como elas saem do local ou recebem ajuda, mas sugere que ambas conseguiram sobreviver e que sua relação se tornou ainda mais profunda após o evento.
O final de Breaking Surface combina tensão extrema com um toque de esperança. Ele não apenas entrega um desfecho satisfatório para a história de sobrevivência, mas também reforça os temas centrais do filme: a força dos laços familiares, a resiliência diante da adversidade e a luta incansável pela vida.
Onde assistir
O filme está disponível nos catálogos da: Telecine, Prime Vídeo, Google Play Filmes, YouTube.
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