Permitidos é uma comédia romântica argentina lançada em 2016, dirigida por Ariel Winograd. A trama gira em torno de Camila (Lali Espósito) e Mateo (Martín Piroyansky), um casal que, durante um jantar com amigos, discute a ideia de "permitidos" — celebridades com as quais cada um poderia ter uma noite de amor sem consequências. O enredo se complica quando Mateo, por acaso, conhece Zoe del Río (Liz Solari), sua "permitida", e o relacionamento do casal é colocado à prova. A premissa aborda, de forma humorada, as implicações de uma fantasia que se torna realidade.
A direção de Ariel Winograd foi elogiada por sua habilidade em mesclar elementos de comédias românticas clássicas e situações absurdas, trazendo uma abordagem inovadora ao cinema argentino. Críticos destacaram a influência de outros sucessos do gênero, como Um Namorado para Minha Esposa e Relatos Selvagens. O filme apresenta uma crítica social à objetificação e à cultura da fama, utilizando o humor para explorar as dinâmicas de poder e vaidade nos relacionamentos.
No aspecto técnico, o filme conta com uma fotografia vibrante, assinada por Félix Monti, e uma trilha sonora que complementa as situações cômicas e românticas. O elenco, liderado por Lali Espósito e Martín Piroyansky, foi bem recebido pelo público e pela crítica. Lali, conhecida por sua carreira musical, foi elogiada por sua atuação e sua química com o parceiro de cena. O filme também conta com participações de Liz Solari, Benjamín Vicuña e Pablo Rago.
De forma geral, Permitidos foi recebido com críticas mistas. Enquanto alguns destacaram o frescor da proposta e as performances do elenco, outros apontaram limitações no roteiro e no desenvolvimento de personagens. Apesar disso, a obra se consolidou como uma referência de comédia romântica no cenário do cinema argentino, especialmente por abordar temas contemporâneos, como as relações líquidas e a influência da mídia nas fantasias do cotidiano.
Final explicado
O final do filme gira em torno da reconciliação de Camila (Lali Espósito) e Mateo (Martín Piroyansky) após uma série de reviravoltas cômicas e tensões no relacionamento. A premissa inicial de permitir que cada um tenha o direito a um "permitido" — uma celebridade com quem poderiam ter uma aventura sem que isso fosse considerado traição — leva o casal a situações inesperadas e hilárias.
No desfecho, Camila se vinga de Mateo após ele se envolver com sua "permitida" famosa. A situação culmina com a quebra das ilusões que ambos tinham em relação ao mundo das celebridades, revelando o lado ridículo e exagerado desse universo. O clímax acontece com a clássica cena de reconciliação debaixo da chuva, uma paródia clara dos clichês do gênero de comédia romântica. No entanto, o filme não constrói bem a tensão prévia, o que faz com que o reencontro do casal pareça repentino e forçado.
A mensagem final de Permitidos sugere uma crítica à idealização de figuras públicas e à busca de aventuras "fora do comum". Enquanto Mateo e Camila vivem a experiência de se aproximar de seus "permitidos", percebem que a fantasia pode ser mais problemática do que satisfatória. No fim, a narrativa se volta à valorização da "simplicidade" e do cotidiano, deixando a fama e o glamour como algo distante e ilusório.
O filme termina de forma leve e divertida, respeitando os moldes tradicionais da comédia romântica, mas com um toque de crítica social. A jornada dos protagonistas revela que o verdadeiro "permitido" talvez seja a aceitação das imperfeições e a reconciliação com a realidade, abandonando as fantasias fabricadas pelo mundo do entretenimento.
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