O filme Anna – O Perigo Tem Nome (2019), dirigido por Luc Besson, é um thriller de ação que mistura espionagem, intrigas políticas e reviravoltas intensas. A trama acompanha Anna Poliatova, interpretada por Sasha Luss, uma mulher de origem russa que parece viver uma vida comum, mas que, na verdade, é uma assassina altamente treinada e perigosa. A história se desenrola enquanto Anna tenta escapar das garras da KGB, enfrentando dilemas morais e o peso de sua vida dupla. A personagem principal é retratada como uma figura enigmática, cuja beleza e habilidades letais escondem uma mente afiada e um desejo profundo de liberdade.
O roteiro do filme utiliza uma narrativa não linear, intercalando flashbacks e eventos presentes para revelar as camadas do passado da protagonista. Essa abordagem dá ao espectador uma perspectiva gradual sobre quem Anna realmente é e como chegou à sua posição. Os elementos de espionagem e ação são executados com precisão, contando com sequências de luta bem coreografadas e cenas de perseguição eletrizantes. Além disso, o filme faz um uso inteligente de reviravoltas, mantendo o público intrigado até o final.
Outro destaque do longa é a direção de arte e o figurino. Ambientado nos anos 1990, o filme captura o glamour do mundo da moda e o contraste com a brutalidade do universo de espionagem. Sasha Luss, que também é modelo, traz autenticidade ao papel, transitando com naturalidade entre uma figura sofisticada e uma assassina fria. O elenco de apoio, com nomes como Helen Mirren, Luke Evans e Cillian Murphy, acrescenta profundidade à narrativa, interpretando personagens complexos que desafiam constantemente a protagonista.
Apesar de suas qualidades, o filme recebeu críticas mistas. Alguns consideraram a trama previsível em certos momentos e questionaram o excesso de foco em clichês do gênero. No entanto, o filme ainda se destaca como uma obra envolvente para fãs de ação e espionagem, com atuações sólidas e uma direção visual marcante. No centro de tudo, Anna Poliatova é uma personagem que simboliza resiliência e determinação, tornando o filme uma exploração interessante de escolhas, sacrifícios e a busca por controle sobre o próprio destino.
Final explicado
O final do filme é marcado por reviravoltas que encerram a trama de maneira satisfatória, deixando claro o verdadeiro objetivo da protagonista: conquistar sua liberdade e escapar dos sistemas opressores que a controlam. Ao longo do filme, Anna é manipulada tanto pela KGB quanto pela CIA, que a utilizam como uma peça em seus jogos de espionagem. No entanto, ela demonstra ser mais astuta do que todos à sua volta, armando um plano para se livrar das duas organizações.
No clímax, Anna confronta Alex Tchenkov (Luke Evans), seu manipulador na KGB, e Leonard Miller (Cillian Murphy), seu contato na CIA. Ela entrega informações comprometedoras para ambos, prometendo sua lealdade a cada lado, mas, na verdade, usa isso para semear discórdia entre as duas agências. Anna consegue convencer a KGB de que foi morta em uma emboscada, enquanto entrega um dossiê falso para a CIA, garantindo sua "desaparição" de forma eficaz.
A reviravolta final ocorre quando Anna escapa completamente das garras das duas organizações. Ela usa sua inteligência e recursos acumulados para desaparecer e começar uma nova vida, finalmente conquistando a liberdade que tanto desejava. O desfecho revela que Anna não era apenas uma assassina habilidosa, mas também uma estrategista brilhante, capaz de superar adversários muito mais poderosos.
Esse encerramento reflete o tema central do filme: a luta de Anna para recuperar o controle sobre sua própria vida. Ao se libertar dos sistemas opressores e manipular os próprios manipuladores, ela mostra que é mais do que apenas uma peça no tabuleiro de espionagem. É uma conclusão que desafia as expectativas e reforça a complexidade de sua personagem.
Onde assistir
O filme está disponível nos catálogos da: Netflix , Telecine, Prime Vídeo, YouTube, Google Play Filmes .
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