Projeto Gemini, lançado em 2019 e dirigido por Ang Lee, é um filme de ação e ficção científica estrelado por Will Smith, que interpreta dois papéis: Henry Brogan, um assassino profissional experiente, e seu clone mais jovem, conhecido como "Junior". A trama gira em torno de Henry, que, após decidir se aposentar, se vê perseguido por um misterioso adversário. Esse inimigo acaba sendo uma versão mais jovem e ágil de si mesmo, criado pelo governo em um projeto secreto. O filme explora temas de identidade, envelhecimento e ética na clonagem e manipulação genética, enquanto Henry luta para sobreviver e entender as motivações de quem o criou.
Um dos elementos de destaque no filme é o uso da tecnologia de CGI para criar o "Junior", o clone mais jovem de Will Smith. Essa técnica avançada permitiu que Smith interpretasse uma versão digital de si mesmo em uma idade significativamente mais nova, algo que só foi possível graças ao avanço das tecnologias de efeitos visuais. Ang Lee, conhecido por seu interesse em inovações tecnológicas, filmou o longa em 120 quadros por segundo (FPS) e em 4K, buscando uma experiência visual de maior imersão e fluidez. A decisão, porém, gerou opiniões divididas, pois enquanto alguns elogiaram a alta definição e realismo das cenas, outros acharam a experiência estranha e artificial.
Apesar do alto investimento em tecnologia, o filme teve uma recepção mista, especialmente em relação ao roteiro. Muitos críticos consideraram a narrativa previsível e sem profundidade, com uma abordagem convencional dos temas de clonagem e identidade, e uma falta de desenvolvimento dos personagens. A trama foi apontada como superficial, sem explorar a fundo as implicações filosóficas e éticas do conceito de clonagem. Além disso, a relação entre Henry e Junior, que poderia ter sido mais trabalhada para gerar empatia e reflexão, acaba ficando um pouco forçada e menos convincente do que se esperava.
Em termos de bilheteria, o filme também não atingiu o sucesso desejado, considerando os altos custos de produção e o investimento em tecnologia de ponta. O filme arrecadou cerca de 173 milhões de dólares mundialmente, o que foi considerado abaixo do esperado, especialmente para um blockbuster de ação estrelado por Will Smith. Mesmo com os desafios e críticas, o filme ainda representa um marco na utilização de efeitos especiais no cinema, demonstrando o potencial da tecnologia digital na criação de personagens e no rejuvenescimento dos atores. É um filme que, apesar de suas falhas narrativas, certamente marcou um avanço em termos de visual e trouxe à tona discussões sobre a ética do uso de clones e da manipulação genética no entretenimento e na vida real.
Final explicado
No final do filme, Henry Brogan consegue finalmente derrotar Clay Verris, o líder do projeto Gemini e mentor de Junior. Clay, interpretado por Clive Owen, tinha criado Junior como parte de uma iniciativa para desenvolver soldados geneticamente modificados, mais fortes e obedientes, sem as limitações emocionais e éticas dos humanos comuns. Durante a batalha final, Henry, Junior e uma aliada chamada Dani (Mary Elizabeth Winstead) enfrentam e eliminam um terceiro clone de Henry, que foi criado para ser ainda mais forte e frio emocionalmente que Junior.
Após derrotarem o clone e Clay, Henry e Junior têm uma conversa reveladora sobre o futuro de Junior e as implicações de sua criação. Henry, que vê Junior como uma espécie de filho, incentiva-o a buscar uma vida normal, fora das missões e do controle do governo. A intenção de Henry é que Junior tenha a liberdade que ele nunca teve ao longo de sua carreira como assassino. Junior, então, decide seguir esse caminho, escolhendo uma vida longe da violência.
O filme termina com Junior adotando uma nova identidade e tentando se ajustar à vida de um jovem comum. Em uma das cenas finais, ele e Henry se encontram em um ambiente universitário, onde Junior está matriculado para estudar e explorar seu próprio futuro. Henry demonstra orgulho e satisfação em ver Junior viver uma vida independente, sem precisar lidar com os traumas e as consequências que ele mesmo enfrentou por ter sido uma ferramenta do governo por tantos anos.
Esse desfecho sugere uma mensagem de redenção e esperança, mostrando que, mesmo com o peso de uma origem complicada, Junior pode escolher seu próprio destino. O filme encerra com a ideia de que, apesar dos avanços tecnológicos e dos dilemas éticos envolvidos na clonagem, a humanidade e o livre-arbítrio são o que realmente definem a vida de uma pessoa. O final aberto permite que o público reflita sobre as questões éticas que a trama abordou, especialmente sobre a moralidade de criar e controlar vidas humanas para fins militares.
Onde assistir
O filme está disponível nos catálogos da: Netflix, Disney+, Prime Vídeo, Google Play Filmes.
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