Desejo De Matar é um filme de ação e vingança dirigido por Eli Roth, lançado em 2018. Trata-se de um remake do clássico homônimo de 1974, estrelado por Charles Bronson. A nova versão é protagonizada por Bruce Willis, que interpreta Paul Kersey, um cirurgião de Chicago cuja vida muda drasticamente após um ataque brutal à sua família. Quando sua esposa é assassinada e sua filha fica em coma, Kersey é consumido pelo desejo de vingança, desencadeando uma onda de justiça pelas próprias mãos na cidade.
O filme aborda temas controversos, como justiçamento e o papel da violência na sociedade. A transformação de Paul Kersey de um cidadão comum em um justiceiro reflete um dilema moral sobre até que ponto as pessoas comuns podem ou devem tomar a justiça em suas próprias mãos. A narrativa mostra a frustração com o sistema judicial ineficaz e levanta questões sobre o ciclo de violência e o impacto disso na vida das pessoas.
A performance de Bruce Willis recebeu críticas mistas. Muitos compararam sua atuação com a de Charles Bronson no original, elogiando sua habilidade em transmitir o sofrimento e a frieza do personagem. No entanto, alguns críticos apontaram que o remake se apoiou em clichês do gênero de filmes de vingança, sem trazer grandes inovações ou aprofundamentos emocionais além da premissa inicial.
O filme gerou debates sobre seu timing, já que foi lançado em um período de intensos debates sobre controle de armas nos Estados Unidos. A violência gráfica e a glamorização da justiça pelas próprias mãos foram alvos de críticas, embora o filme também tenha atraído fãs do gênero que apreciam a ação intensa e as reflexões morais que a trama propõe.
Final explicado
No final do filme (2018), Paul Kersey finalmente descobre a identidade dos homens que atacaram sua família, com a ajuda de algumas pistas deixadas ao longo do filme. Ele rastreia os criminosos e os confronta em uma sequência violenta, culminando na morte de todos os envolvidos no ataque à sua esposa e filha. Essa culminação de eventos reforça o tema da justiça pelas próprias mãos, com Kersey se tornando completamente o "Anjo da Morte", como ele é apelidado pela mídia.
Após eliminar os criminosos, Kersey é interrogado pela polícia, mas o detetive Raines, interpretado por Dean Norris, demonstra que sabe que Kersey foi o vigilante responsável pela série de mortes relacionadas ao crime na cidade. No entanto, em vez de prendê-lo, Raines dá a entender que ele está disposto a deixar o caso de lado, permitindo que Kersey siga com sua vida. Essa decisão reflete o conflito moral de Raines entre aplicar a lei rigidamente e reconhecer a falha do sistema em trazer justiça para o caso de Kersey.
Na última cena, Paul Kersey se despede de sua filha, que finalmente se recuperou do ataque, e parece estar pronto para voltar a uma vida normal. No entanto, em um gesto simbólico, ele faz o gesto de "arma" com a mão para um ladrão que rouba algo na rua, sugerindo que ele nunca abandonará completamente seu papel justiceiro. Essa cena final reforça a ideia de que, apesar de sua vingança estar completa, a transformação de Kersey é irreversível e que a violência continua sendo uma parte de sua vida.
O final deixa em aberto a moralidade das ações de Kersey. Embora ele tenha encontrado vingança, a questão se a justiça foi realmente servida permanece. A última cena, com o gesto da "arma", simboliza que o ciclo de violência persiste, sugerindo que a linha entre a justiça e a vingança é tênue e que Kersey, agora, está permanentemente preso a essa nova identidade de vigilante.
Onde assistir
O filme está disponível nos catálogos da: Amazon Prime Video, YouTube, Google Play Filmes.
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