Assassinos Múltiplos, dirigido por Isaac Florentine, é um filme de ação e suspense protagonizado por Antonio Banderas. A trama gira em torno de Frank Valera, um advogado de sucesso que entra em um caminho de vingança após a morte brutal de sua esposa e filha. Desolado pela perda e pela ineficiência do sistema judiciário em resolver o caso, Valera decide buscar justiça com as próprias mãos, adotando um voto de silêncio enquanto treina seu corpo e mente para enfrentar os responsáveis.
O enredo do filme explora temas clássicos de vingança e redenção, abordando a transformação do personagem principal de um homem destruído pela dor para alguém focado em punir os culpados. Ao longo de sua jornada, Frank encontra força no silêncio, inspirado pela filosofia dos estoicos, especialmente em passagens do livro de Marco Aurélio. Isso adiciona uma camada filosófica à trama, mostrando que a vingança não é apenas física, mas também um processo de reflexão interna.
Além do desempenho intenso de Antonio Banderas, o filme se destaca pelas sequências de ação bem coreografadas e pela direção estilizada de Florentine, que é conhecido por seus trabalhos no gênero de artes marciais. A cinematografia e o ritmo rápido contribuem para o impacto visual, criando uma experiência envolvente para os fãs de filmes de ação. Contudo, algumas críticas foram direcionadas à previsibilidade da trama e ao desenvolvimento superficial de certos personagens secundários.
Apesar de não revolucionar o gênero, o filme é um filme eficiente dentro da proposta de ação e vingança. Ele oferece entretenimento sólido, com um protagonista carismático e uma premissa interessante sobre o poder do silêncio e da determinação. Para aqueles que apreciam narrativas de vingança com um toque filosófico, o filme proporciona uma experiência satisfatória, mesmo que siga os moldes tradicionais do gênero.
Final explicado
No final do filme, Frank Valera (Antonio Banderas) finalmente descobre a identidade do assassino de sua esposa e filha. Ao longo do filme, ele segue pistas e se envolve em lutas brutais, ao mesmo tempo em que mantém seu voto de silêncio como forma de foco e disciplina. A reviravolta final revela que o responsável pelas mortes é um policial corrupto, Strode, interpretado por Karl Urban, que matou a família de Frank acidentalmente, ao tentar esconder um esquema ilegal.
Frank confronta Strode em uma luta final, mas ao invés de matá-lo, Valera se vê num dilema moral. Embora movido pela sede de vingança ao longo do filme, o personagem decide não seguir pelo caminho da execução. Ele permite que Strode seja julgado pelos crimes, cumprindo o que se poderia interpretar como uma forma de justiça mais elevada e menos brutal. Esse ato reflete o impacto da filosofia estoica que Valera adotou durante sua jornada de autodescoberta e controle emocional.
No fim, a decisão de Frank de não matar Strode demonstra seu crescimento e compreensão de que a vingança não traria sua família de volta nem a paz interior que buscava. A sua transformação ao longo do filme se consolida nesse momento, pois ele opta pela justiça legal em vez de sucumbir à violência. Isso também reafirma o propósito do voto de silêncio e a busca por um sentido maior na dor e na perda que ele enfrentou.
O desfecho mostra Valera em um tribunal, onde testemunha contra Strode, garantindo que ele enfrente as consequências de seus atos. O filme termina com Frank quebrando seu voto de silêncio, recitando as palavras finais de Marco Aurélio, que guiaram sua jornada. Essas palavras simbolizam a aceitação de seu destino e a conclusão de seu ciclo de vingança, ao mesmo tempo que o libertam da dor que o consumiu durante grande parte da trama.
Onde assistir
O filme está disponível nos catálogos da: Amazon Prime Video, Google Play Filmes.
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